terça-feira, 3 de maio de 2011

Projeto: DOSVOX E A ALFABETIZAÇÃO



Projeto: DOSVOX E A ALFABETIZAÇÃO

MINHA IDENTIDADE “MEU NOME”

Justificativa:
Tal projeto vem de encontro com  a necessidade da utilização do Dosvox como recurso didático para a alfabetização dos alunos com baixa visão. O Dosvox é uma ferramenta que contribui e facilita os trabalhos com os portadores de deficiência visual é um sistema para microcomputadores que se comunica com o usuário através de síntese de voz. O conjunto de recursos disponiveis no software expande as atividades que podem ser desenvolvidas  contribuindo para ampliar seu potencial e sua inclusão social, aliando os recursos de Informática à educação de crianças especiais, particularmente com problemas de visão.
Aluno Atendido: 1º ano.
Período: inicio de março de 2011.
Duração: Durante o ano letivo
Objetivos:
ü  Propiciar a socialização entre as crianças;
ü  Identificar as letras do seu nome;
ü  Combater o preconceito em relação aos portadores de deficiência física (cegos);
ü  Aprimorar a habilidade de manuseio do computador através da manipulação dos recursos do mouse e do teclado;
ü  Identificar as letras do seu nome;
ü  Despertar no aluno a curiosidade para utilizar o novo sistema operacional;
ü  Desenvolver a atenção;
ü  Habilidades com a audição;

Desenvolvimento:
ü  Músicas;
ü  Alfabeto móvel em relevo;
ü  Atividades no computador com o sistema Dosvox;
O professor deverá:
ü  Estimular as crianças a tatear as letras do alfabeto móvel para identificar o seu nome;
ü  Estimular o raciocínio e a atenção;
ü  Estimular a socialização;
ü  No computador estimular a criança a tocar as teclas do computador;
ü  Perceberem que as teclas J e F possuem um traço em relevo, usado para que os cegos façam uso do computador com apenas essas duas teclas;
ü  Pode-se explicar para as crianças o que é o sistema Dosvox;

Etapas:
ü  Música “A Canoa Virou”, onde os alunos irão trocar os nomes da turma da classe;
ü  Confeccionar com os alunos as fichas com seu próprio nome;
ü  Atividade de reconhecimento do nome através das fichas, identificando o próprio nome e de seus colegas;
ü  Confecção de letras móveis de E.V.A.
ü  Apresentação das fichas do alfabeto móvel ao aluno, deixar que a criança explore o material, onde será possível que ele identifique as letras que utilizará no seu primeiro nome;
ü  Tateando o computador, serão apresentadas as partes principais de uso: teclado, monitor e mouse;
ü  Apresentação do Programa DOSVOX;
ü  Com o auxilio da ficha dos nomes eles poderão teclar no computador o nome onde o programa irá soletrar a digitação e logo após reproduzir o som do nome;
ü  No DOSVOX, haverá apresentação do “jogo da forca” e as crianças poderão explorar novas palavras;

Culminância
ü  Realização de danças circulares, estimulando o tato e audição;
ü  Utilização do computador para escrever o nome das crianças;
Produto Final:
O aluno poderá explorar, o programa DOSVOX para a escrita do nome no computador, e conseqüentemente descobrirá novas palavras para sua alfabetização e letramento.
Avaliação: a avaliação será continua.
Referências:
http://www.inclusive.org.br Acesso em março/2011
BORGES, José Antônio DOSVOX Uma nova realidade educacional para Deficientes Visuais. Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro. http://interfox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/artfofz.doc> Acesso em março/2011
FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia, Saberes necessários à prática educativa 9ed, São Paulo, Paz e Terra 1998










“Tão cegos são os homens, que chegam a gloriar-se da própria cegueira” (Santo Agostinho)

sábado, 30 de abril de 2011

Será que algum dia o professor será substituido pelo computador? Esta imagem pode acontecer?

        Tenho certeza que é impossivel pois o computador é uma ferramenta necessaria sim atualmente, mas jamais conseguira substituir o professor no processo de mediador da aprendizagem. 
       A nossa pior aula, o lado repetitivo, burocrático e por vezes até acomodado da escola, esse vamos deixar para o computador. Ele saberá transformar nossas exposições maçantes em aulas multimídia interativas, em hipertextos fascinantes, em telas coloridas e interfaces amigáveis preparadas para a construção do saber. Neste sentido o computador sera nosso aliado e não nosso substituto. Cris

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O computador vai substituir o professor?

Não, porque o computador é uma máquina elaborada pelo homem, e necessita de ser programada. Mas é de grande valia seu auxilio, os recursos e facilidades.
O professor tem a habilidade de motivar, e ser mediador da aprendizagem e descoberta de novos horizontes nos educandos.
Assim, podemos dizer que o professor sim, pode substituir o computador sempre.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O COMPUTADOR VAI SUBSTITUIR O PROFESSOR?

Acredito que o computador não vá substituir o professor, mas sim um  aliado do mesmo, onde o educador deverá explorar os seus recursos. Como por exemplo, temos o DOSVOX, uma ferramenta que contribui e facilita os trabalhos com os portadores de deficiência visual é um sistema para microcomputadores que se comunica com o usuário através de síntese de voz. O conjunto de recursos disponiveis no software expande as atividades que podem ser desenvolvidas  contribuindo para ampliar seu potencial e sua inclusão social, aliando os recursos de Informática à educação de crianças especiais, particularmente com problemas de visão. Nesse caso o computdor estará contribuindo com  o professor, onde o programa DOSVOX  vem de encontro com  a necessidade da utilização como recurso didático para a alfabetização dos alunos com baixa visão.
Portanto o papel do professor é o de motivador, estimulador, facilitador, mediador, para que cada aluno descubra e desenvolva o seu potencial. É importante ressaltar que o computador pode auxiliar tanto no desenvolvimento de alunos com necessidades especiais como na aprendizagem de todos os alunos envolvidos no processo.

sábado, 2 de abril de 2011


 Encontramos o texto a seguir no sitio http://intervox.ufrj.br/~jobis/dosvox.htm onde aborda a importância do dosvox na vida de uma pessoa cega.


                       O Dosvox na minha vida
   Vinícius Alencar de Carvalho - 07-01-2004

   Soube da existência do Sistema Dosvox em noventa e seis, através da leitura do Jornal Superação, do C. V. I. (Centro de Vida Independente). Na época, meu contato com pessoas cegas era nulo. Moro em Guaxupé, uma cidade pequena do interior mineiro que não tem associação de deficientes visuais. Fiquei encantado ao descobrir que já existia um programa de computador próprio para cegos. Desde pequeno, tinha interesse pela informática, mas não imaginava como poderia vir a operar um microcomputador.
   Embora o jornalzinho me permitisse vislumbrar a possibilidade de, um dia, travar contato direto com o mundo da informática, que sempre achei fascinante, dava poucas informações práticas sobre o Dosvox, de maneira que fiquei sem saber como ele era na prática.
   Durante o ano de noventa e sete, li na "Febec em Revista", um artigo sobre o Dosvox, que me fez querer ainda mais conhecê-lo. No ano seguinte, minha irmã comprou um computador, mas este permaneceu praticamente inutilizado, por vários meses. Na época, ainda não tínhamos Internet em casa, por isso pedi a um amigo que pesquisasse para mim na grande rede sobre o Dosvox. ele conseguiu para mim o telefone da extinta Kátia Multimídia, empresa que comercializava o programa.
   Em setembro do mesmo ano, finalmente, comprei o meu sonhado Dosvox. Eu pensava que se tratava de um programa que apenas falava as letras digitadas e lia o que estivesse na tela, soletrando.
   A instalação do programa foi uma novela. Primeiro, o computador estava avariado, com um vírus qualquer; depois, a pouca experiência em informática minha e da minha família fez com que não conseguíssemos realizar a instalação. Uma empresa de técnicos pouco hábeis também não percebeu que o problema era muito simples. Acontece que o disquete de instalação vinha preparado para buscar o CD-rom na unidade D e na minha máquina a unidade de CD era a "e". Um técnico mais atento, de outra loja, ouviu a fita que vinha com o programa e o instalou facilmente em três de dezembro de noventa e oito, dia em que, surpreso e emocionado, ouvi pela primeira fez o meu computador dizer: "Dosvox - O que você deseja?"
   Logo pude perceber que o Dosvox era muito mais do que um leitor; era, na verdade, um sistema, composto por leitor e editor de textos, caderno de telefone, agenda, jogos divertidos e, para minha inteira surpresa, utilitários de acesso a Internet!
   Passei os meses seguintes aprendendo, sozinho, a trabalhar com o sistema. No princípio, gastava grande tempo jogando: Jogo da forca, da memória, de mistura de sons, 3x3, paciência... Depois passei a me interessar pelos utilitários, como o televox. paralelo a isso, descobri as músicas, as quais eu acessava de uma forma muito complicada, por não conhecer ainda o sistema de diretórios e subdiretórios. Quando descobri os manuais sonoros no CD do Dosvox, ouvi todos e aprendi muito com eles.
   No começo da minha aprendizagem, conheci o companheiro Gesuel, de Andradas, a quem sou muito grato pela amizade e pelas várias dicas. Foi ele quem me falou da Lista Dosvox, a primeira em que entrei, quando passei, finalmente, a ter Internet, em Fevereiro de noventa e nove.
   Desde noventa e seis, eu tinha grande vontade de navegar pela Internet, toda vez que ouvia uma referência à Rede. Meu pensamento viajava, ao ouvir, em uma propaganda, a música "Internet", de Gilberto Gil.
   Quando pude finalmente trocar E-mails e acessar conteúdo de páginas, logo a Internet tornou-se meu principal lazer. Aos poucos fui fazendo amigos. Lia todas as cartas da lista Dosvox e aprendia muito com os companheiros. Foi esta lista que me "apresentou" ao mundo dos cegos. Antes, minha irmã era a única deficiente visual que eu conhecia. Através da lista, comecei a perceber todas as coisas que um cego podia fazer. Fiquei feliz e encorajado, ao perceber que havia cegos advogados, professores, programadores, analistas de sistemas... Saber do sucesso de outros deficientes visuais me fazia crer mais em minhas capacidades.
   O contato com cegos me fez encarar a mim mesmo com mais realismo. Antes, de certa forma, eu julgava poder fazer as coisas da mesma forma que os ditos normais faziam. Minha deficiência não era muito comentada no círculo familiar. Minhas dificuldades escolares eram resolvidas da melhor forma possível, mas eu nunca estudei como um cego normal. De certa forma, eu pairava entre o "mundo dos normais" e o "mundo dos cegos". A leitura diária das mensagens da Dosvox possibilitou que eu refletisse melhor sobre minha verdadeira identidade. Não que meu contato anterior com cegos fosse totalmente nulo, pois eu tinha uns três ou quatro correspondentes em Braille; é que a leitura de diversas mensagens, todos os dias, foi fazendo com que eu notasse que, com força de vontade, um cego pode fazer quase tudo que uma pessoa normovisual realiza.
   Em noventa e nove, o Webvox, navegador do sistema Dosvox, ainda era muito deficiente, por isso eu navegava pela rede usando o Internet explorer e o Virtual Vision, programa nacional da Micropower.
   Em julho de noventa e nove, surgiu algo que viria a ter uma importância fundamental na minha vida: o Papovox, programa de bate-papo do Dosvox. Sinto-me feliz ao lembrar que fui um dos primeiros a utilizar o programa, quando ele ainda não possibilitava conversas envolvendo mais de duas pessoas. Lígia e Estêvão foram as primeiras pessoas com que conversei.
   Poucas semanas depois do advento do Papovox, o professor Antônio Borges apresentou-nos o "Sítio Cantinho da Mamãe", uma sala de bate-papo que podíamos acessar com o Papovox. Foi uma felicidade geral. Agora podíamos interagir melhor, fazer amigos, brincar e trocar idéias com gente de todo o país.
   Em agosto de noventa e nove, recebi uma carta em Braille de uma garota paraibana. Chamava-se Joyce Fernanda e sua linguagem e inteligência me impressionaram. Tinha apenas dezesseis anos e pareceu-me bem diferente da maioria das garotas da minha cidade. Respondi sua carta tão logo pude e, pouco depois, recebi mais uma miciva dela. Logo que esta chegou, vi o nome dela na lista Dosvox. Pensei logo:
   - Será que é a mesma?
   Era. No princípio, fiquei sem jeito de falar com ela por e-mail, algo que demonstra o quanto era - e ainda sou - tímido.
   Foi então que ela, sabedora de que eu tinha Internet, procurou-me, em outubro, no "Sítio cantinho da mamãe". Na ocasião, eu estava viajando. QUando voltei, Gesuel e Joana contaram-me que eu havia sido procurado por uma garota, o que me deixou contente. Muita coisa nela me impressionava positivamente e eu tinha vontade de conhecê-la melhor.
   Minha primeira oportunidade de falar com ela através do Papovox chegou em dezesseis de outubro, uma tarde de sábado. A conversa foi breve e já não lembro do que falamos.
   Nas semanas que se seguiram, começamos a nos corresponder por E-mail. As mensagens eram esparsas, mais por culpa minha do que dela. Sempre fui um pouco preguiçoso para escrever. Freqüentemente, encontrávamos no bate-papo. Eu gostava da alegria dela, do seu português correto, da inteligência que demonstrava e do carinho que deixava entrever nas palavras. Jô (como a maioria a chama)sempre foi muito popular e, já naquela ocasião, recém-chegada à comunidade virtual, tinha muitos amigos. Porém, na minha avaliação de garoto que começava a se apaixonar, ela devotava um carinho especial a mim, algo que pôde ser comprovado mais tarde.
   Em dezembro de noventa e nove, já havia entre mim e Jô (Jobis para os amigos da Internet) um elo, algo difícil de explicar. Tinha com ela um contato bem menor que o mantido por outros rapazes, entretanto, sentia que ela podia ter por mim um carinho maior do que aquele devotado a um amigo. Nesse mês ela, que morava em João Pessoa, viajou para passar as férias em Macaé e eu me senti solitário. No começo de janeiro, ela me escreveu em Braille; eu respondi, mas a carta não chegou às suas mãos. A frustração que senti ao descobrir isso mostrou-me que eu já estava gostando dela bem mais do que se gosta de uma amiga da Internet. Durante as férias, ela conseguiu falar comigo, da casa de uma amiga, a Cristiane Leite, do Rio de Janeiro. Aquela conversa foi muito especial. Depois dela, meu sentimento de que ela gostava de mim se fortaleceu.
   A intenção aqui é falar da importância do Dosvox na minha vida, por isso peço desculpas se estou parecendo excessivamente autobiográfico. Conto os detalhes para que se perceba como o Dosvox esteve presente em momentos importantíssimos da minha vida.
   Em fevereiro de dois mil, Jô (Nina, como eu a chamava) disse que estava gostando de mim, no dia vinte. Cinco dias depois, no "Sítio da luz", do companheiro Ricardo Collório (na época já tínhamos o Sitiovox, que possibilita a criação de salas de bate-papo), eu a pedi em namoro e ela aceitou. Iniciamos então o que muitos chamam de "namoro virtual". Conversávamos sempre que possível pelo Papovox, nos telefonávamos uma vez por semana e trocávamos e-mails, escritos no Cartavox, quase todos os dias. Era uma relação terna e delicada, cheia de encanto e companheirismo. Nossa relação, pode-se dizer, era quase inteiramente espiritual, baseada no carinho de alma para alma. Sonhávamos com o dia do primeiro encontro, que acabou tardando um pouco. Durante esse tempo de sonho e espera, o Dosvox foi nosso melhor aliado, pois era ele que nos possibilitava comunicação barata e praticamente diária.
   Em agosto, tudo ficou mais fácil para nós. Ela mudou-se para Macaé, no Rio de Janeiro. Dois meses depois, foi realizado o V Encontro Nacional de usuários de Dosvox. Nós dois tivemos a oportunidade de ir e foi lá, no dia doze de outubro, que pudemos dar nosso primeiro beijo ao vivo.
   Mas o encontro Dosvox não foi produtivo para mim só do ponto de vista amoroso. Pude conhecer muitos amigos com quem conversava só pela Internet e abraçar pessoalmente o professor Antônio Borges. Além disso, tive a chance de conhecer um pouco mais sobre o modo de vida de deficientes visuais mais independentes que eu.
   Nos meses que se seguiram ao encontro Dosvox, eu e minha namorada continuamos a conversar pelo Papovox e a trocar cartas, nos intervalos entre um encontro e outro. Assim foi até dezembro passado, quando ela, já então minha noiva, veio para Guaxupé, para nos casarmos no dia vinte e três de janeiro de dois mil e quatro. Posso dizer, sem medo de errar, que o Dosvox foi decisivo para que chegássemos a esse ponto.
   Em dois mil e um, junto com meu pai, montei uma empresa de distribuição de água mineral. Era através do Dosvox que eu controlava os pedidos, as entregas e os pagamentos.
   Nesse mesmo ano, foi também com o Dosvox que estudei para o concurso público de Minas Gerais na área da educação. Fui aprovado no concurso e em dois mil e dois assumi o cargo de professor de português em uma escola de minha cidade, função que ainda exerço.
   Para o desempenho de minhas funções, utilizo largamente o Dosvox. é com ele que procuro textos a fim de levar para os alunos, registro notas, faltas e demais ocorrências do cotidiano escolar. É no edivox que digito as provas. Com esse mesmo editor, escrevo este texto.
   O Webvox, em dois mil, teve um grande salto para frente. Hoje é um bom navegador, acessando praticamente todas as páginas de meu interesse. é com auxílio dele que pesquiso sobre futebol, fórmula-1, xadrez e muitos outros assuntos de que gosto.
   Graças ao Dosvox, tenho hoje uma página na Internet, junto com a Jô. A "Nosso Mundo" foi inteira feita com uso de dois programas do sistema Dosvox: Edivox e Intervox, que é um programa simples que transforma um texto comum, com algumas marcações especiais, em um arquivo .htm.
   No Dosvox, posso ainda gravar e editar som, ter funções de agenda e me divertir com jogos variados.
   Adoro o xadrez, que constitui uma de minhas principais fontes de divertimento. Em dois mil, conheci, através do Papovox, colegas cegos adeptos desse jogo. Junto com eles, realizei três torneios Dosvox de xadrez virtual, disputados em dois mil, dois mil e um e dois mil e dois. As partidas eram jogadas em salas abertas pelos jogadores, tudo com uso do Papovox e do Sitiovox. Os torneios, além de servirem para divertir, propiciaram sociabilização aos participantes. Já estou pensando em convidar os amigos para um quarto torneio, a ser realizado ainda no primeiro semestre desse ano.
   É inegável a função social desse sistema, que tanto fez, não só por mim, mas também por muitos outros deficientes visuais espalhados por todo o território nacional. Há, inclusive, deficientes visuais de outros países fazendo uso desse maravilhoso sistema. Pessoas que viviam isoladas, hoje têm amigos; gente desempregada e sem muitas perspectivas conseguiu trabalho; casais se formaram. Tudo isso com ajuda do Dosvox que, infelizmente, ainda não recebe das autoridades a atenção a que faz jus.
   Neste momento, o projeto Dosvox passa por dificuldades. O núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro - NCE / UFRJ -, onde é desenvolvido, conta com uma verba muito pequena para levá-lo adiante. O professor Borges, coordenador do projeto, carece muito de pessoal especializado para ajudá-lo no desenvolvimento do sistema. O NCE não tem verba para pagar programadores profissionais e muita gente boa já precisou sair da equipe desenvolvedora do Dosvox. O projeto corre o risco de acabar, se não se descobrir, em breve, uma alternativa viável para salvá-lo.
   É hora de toda a comunidade Dosvox se unir para buscar uma forma de ajudar o projeto Dosvox a prosseguir seu caminho brilhante de conquistas e realizações sociais. Esse sistema fez muito por nós e precisamos retribuir de alguma maneira. Entretanto, necessitamos do apoio de diversos setores da sociedade para salvar o projeto. É necessário que as autoridades competentes atentem para o bem social do Dosvox. Também é preciso que a iniciativa privada perceba os benefícios de se associar a um projeto de tamanha envergadura social.
   Para encerrar, digo apenas mais uma frase:
   - Obrigado, Dosvox, por tudo que me proporcionou!
Veja o video que fala sobre o dosvox e o quanto ele facilitou as ações dos cegos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Entramos para baixar o programa Dosvox e achamos interessante o texto abaixo que apresenta como foi criado o programa Dosvox.
Controle aplicativos com sistema de voz para portadores de necessidades especiais.
Por Ana Paula Sedrez de Souza Pereira

O DOSVOX é um programa desenvolvido pela UFRJ para auxiliar deficientes visuais no uso das ferramentas do computador. Este programa utiliza o MBROLA, porém na própria instalação ele já está disponibilizado (só é pedida ao usuário a confirmação para instalar). Ele funciona com síntese de voz e o idioma padrão é Português (segundo o desenvolvedor, ele possui suporte para outras linguagens também).
Este programa busca outra abordagem no quesito de interação com o usuário. Ao invés de simplesmente ler os textos, ele busca efetuar diálogos e a maior parte de seu conteúdo foi gravado com voz humana, o que proporciona uma utilização mais leve e descontraída, mesmo que durante um longo período de tempo.
O DOSVOX é composto por um sistema operacional que contém os elementos de interface com o usuário, sistema de síntese de fala, editor, leitor e impressor/formatador de textos, impressor/formatador para Braille, jogos de caráter didático e lúdico, ampliador de telas para pessoas com visão reduzida, programas para ajuda à educação de crianças, programas sonoros para acesso à Interne e um leitor simplificado de telas para Windows.
O programa opera a partir de uma única janela e uma vez aberto, todos os comandos executados são falados. Esta ferramenta não entra em conflito com outros programas de acessibilidade (como Virtual Vision, Jaws, Window Bridge, Window-Eyes, ampliadores de tela, etc) que porventura estejam instalados em seu computador.
A maioria dos comandos é ativado por meio de letras e os principais comandos são testar o teclado (t), editar texto (e), ler texto (l), imprimir (i), arquivos (a), discos (d), jogos (j), utilitários falados (u), acesso a rede e internet (i), multimídia (m), executar programas (p), e para voltar para outra tela, basta utilizar o ESC. Quando estiver dentro de um texto, para alternar a leitura entre as linhas, basta utilizar as setas do teclado.
Quando você ativa um dos programas de mídia, os comandos mais comuns são a barra de espaço para pausar ou dar play, tab para repetir e esc para sair. Sempre que você precisar de ajuda, basta pressionar F1 e todos os comandos serão falados (e mostrados na tela).

Leia mais no Baixaki: http://www.baixaki.com.br/download/dosvox.htm#ixzz1HMYPFl64

terça-feira, 15 de março de 2011

Dosvox

          O DOSVOX é um sistema para microcomputadores da linha PC, que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem um alto grau de independência no estudo e no trabalho. O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de síntese de voz em Português, sendo que a síntese de textos pode ser configurada para outros idiomas.